A Landeira é considerada a aldeia mais velha do Concelho de Vendas Novas, remontando as primeiras referências ao século XVII, onde surge como pousada ou passo de jornada na estrada muçulmana Lisboa-Évora.
Nos séculos XIV e XV, a Landeira constitui já um cruzamento de caminhos, uma encruzilhada na Estrada Real, que muitas vezes é considerada como a Estrada dos Espanhóis.
Por aqui passava também a Estrada Real que vinha do Norte do Tejo, atravessava o rio próximo de Vila Franca passando depois por Landeira, Alcácer, Odivelas e Beja.
Por este motivo, a esta povoação afluíam camponeses, mercadores, cristãos, judeus e mouros, reis e bandidos, nobres, clérigo e viajantes.
Relativamente ao património construído pouco resta, pois o núcleo primitivo da aldeia é quase inexistente.
As antigas estalagens, o casario velho, tudo desapareceu, ficando apenas a Igreja de Nossa Senhora da Nazaré com 500 anos e a Fonte Velha entaipada com cerca de 100 anos e algumas casas.
Podemos enquadrar esta Freguesia na região do Litoral, asserção, aliás, comprovada por vários tópicos da sua caracterização.
Assim, Landeira tem vindo a aumentar a sua dimensão demográfica, que passou de 630 habitantes em 1991 para perto de 800 habitantes no ano de 2001.
Freguesia bastante dinâmica onde cerca de 58,9% da população foi dada como activa não perdeu ainda a marca da ruralidade, modo de vida para perto de 15% dos activos, sendo predominantes na agricultura, nas produções de arroz e tomate, esta última tendo funcionado como castigo para o aparecimento da Indústria de Transformação de Tomate.
Esta é acompanhada por outras unidades ligadas aos lacticínios, construção civil e panificação, fazendo o sector secundário, cada vez mais um suporte de desenvolvimento na Freguesia.
O sector terciário tem igualmente acompanhado o crescimento demográfico e económico de Landeira, podendo referenciar-se a existência de vários e diversificados estabelecimentos comerciais